quarta-feira, 27 de julho de 2011

Baby Blues




Baby blues: até parece nome de música, mas de melodia não tem nada!
Trata-se de uma tristeza pós-parto (e não depressão), que abate muitas mulheres e, inclusive, eu fui acometida!
Passei umas duas semanas que quando ia chegando a tardinha sentia uma tristeza enorme e uma forte vontade de chorar. Chorei quase todos os dias. Tinha medo da chegada da noite. Tinha medo da minha bebê. Medo de não conseguir amamentar. Medo, tristeza, choro.
Cheguei a pensar que viveria triste... mas assim como veio, passou!

Resguardo: os antigos estavam certos!


Pois é, os primeiros 30 dias da nova vida de mamãe não são fácies. Junta o início da amamentação com a recuperação de uma operação de médio porte, pra quem, como eu, fez cesariana, e, ainda, com uma brusca queda hormonal!

Tem que ser muito mulher pra agüentar tudo isto, porque nenhum homem agüentaria!!!

Não é por nada que sabiamente os antigos chamam este período de resguardo. Sem dúvida, foi quando me senti mais exposta em toda a minha vida. Meus sentimentos, meu corpo, minha alma, minha mente: tudo havia mudado. É um momento de extrema intimidade.

Toda essa transformação passa por dor. Mamar só será prazeroso depois dos mamilos ficarem calejados e as contrações que fazem o útero voltar ao tamanho normal cessarem. O corte da cesária precisa de tempo para cicatrizar. E o corpo de descanso para voltar ao seu ritmo normal.

Por isto: resguarde-se!

terça-feira, 19 de julho de 2011

De volta pra barriga

Dizem que os bebês nascem com uma reserva de energia. A Luisa não. Nasceu esfomeada!
Apesar de pequenininha – 2.515kg e 47cm – tinha muita disposição pra mamar. Nossa primeira noite juntas, como já contei, foi uma “maratona de peitão”.
Na segunda, “pedi água”! Cansada e com os hormônios a flor da pele, as enfermeiras me ajudaram a administrar a minha “mamadora”.
Nesta noite aprendi muito. As enfermeiras são anjos nas maternidades. Descobri que o meu bebê, mais do que fome, tinha necessidade de estar no meu peito e que o cheiro do colostro – primeiro leite – lembrava o cheiro do útero.
A Luisa queria mesmo era  voltar pra dentro da barriga!

terça-feira, 12 de julho de 2011

A realização de ser mãe

Apesar do relato abaixo, a satisfação de ser mãe é inexplicável.
É um sentimento tão, mais tão forte que mexe com todos os nossos sentidos e muda toda a nossa motivação pela vida.
Confesso que não pensei que seria assim tão recompensador.
Já tinha feito muitas coisas anteriormente em busca da minha realização, seja pessoal, emocional, afetiva, profissional. Mas nada se comparou a maternidade.
Hoje sei que nasci para ser mãe. E toda mulher deveria experimentar!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Primeiro desafio: amamentação!

Olha, pode até ser que para algumas mamães o início da amamentação tenha sido uma tarefa fácil e prazerosa... no entanto, ao menos para mim, foi o meu primeiro, e talvez maior, desafio nesta nova jornada!

Sempre tive um enorme desejo de amamentar. Ninguém contesta os benefícios que o aleitamento materno traz, e eu sempre acreditei que mais do que nutrir o corpo do meu bebê, eu estaria nutrindo a sua alma.

Então, diante desta vontade e crença, durante os 9 meses li e me informei sobre amamentação e cuidei dos meus seios como se fossem sagrados! Massagens, banhos de sol, sutiãs cortados no mamilo (simmm! Fiz furos nos meus sutiãs!) eram práticas que acreditava estavam sendo muito úteis para a chegada do grande dia.

Porém, a verdade é que naquele momento mágico, logo após o nascimento da Luisa, quando me trouxeram ela para amamentar: ali estavam duas pessoas que mal sabiam o que fazer e sequer tinham idéia de por onde começar! Agora posso confessar que a Luisa, com menos de uma hora de vida, parecia saber mais sobre aquilo do que eu com 33 anos de idade e todo aquele "currículo" de informações e leituras!

As enfermeiras foram nossos verdadeiros guias. Nos conduziram com paciência e sabedoria. São os anjos dos hospitais! Sou eternamente grata a elas.

Mas este sentimento de inexperiência logo logo vai se dissolvendo na medida em que as mamadas vão se repetindo, o que acontece de duas em duas horas. Assim, em 24 horas, aquela “primeira vez” já se repetiu 12 vezes! Isto se, na primeira noite, seu bebê, como a minha Luisa, não quiser mamar de 20 em 20 minutos, numa verdadeira maratona de peitão!

Sim, a minha primeira noite com a minha filha, como não poderia ser diferente para uma mãe triatleta, foi quase um ironman! Daí, não preciso dizer que na manhã seguinte, além de exausta, meus seios estavam rachados e muito doloridos. Para criar fissuras, foi um passo. Meus mamilos ficaram em carne viva e eu tinha uma dor constante nos seios.

Nem por isto deixei de amamentar. Também, não pulei nenhuma mamada nem deixei a Luisa com fome ou dei NAN. Muitas vezes amamentei com lágrimas escorrendo dos olhos, com os pés firmes no chão, acreditando que cada dia ia ficando mais fácil.

Este relato não é para me vangloriar da minha coragem ou persistência. Ao contrário, estou escrevendo pra dizer o que poucos dizem: o início da amamentação pode ser muito difícil. E essa dificuldade não dura apenas um ou dois dias. Pra mim levou quase um mês. E este primeiro mês eu vou começar a contar pra vocês nos próximos posts, tá?!




Mãos que se tocam

Pé G, Pé P

Nasceu Luisa no Carnaval

Nasceu Luisa, numa segunda-feira de carnaval, em meio a confetes e serpentinas, numa alegria geral!

Do tempo de barriga


domingo, 10 de julho de 2011

O Nascimento de uma Mãe



Turbilhão de emoções. Uma barriga que esvazia, um coração que se enche. Nove meses de espera e tudo se resume no instante que aquela expectativa toda sai de dentro de ti. Sentimentos a flor da pele. Ali, não nasce só um bebê, nasce também uma mãe. Neste duplo nascimento, não tem papel principal. Dois atores que a partir de então viverão intensamente e apreenderão os seus roteiros a cada dia, a cada instante, um com o outro e sem direção. Duas pessoas que já estavam tão próximas, mas que ainda não se conheciam. Eis o começo de uma grande história de amor. Talvez a maior de todas as histórias de amor. Amor de mãe. Não se mede. Não se calcula. Talvez nenhum filho saiba o verdadeiro tamanho dele. Mas toda a mãe tem certeza do mundo que tem pra dar.

Deste momento único, do nascimento de um filho e, principalmente, de uma mãe, é que nasce este blog. 

Seja bem-vindo!